Essa frase de Schopenhauer ecoa em minha mente enquanto observo o mundo ao meu redor. A ideia de que estamos em um constante processo de morrer pode parecer desalentadora à primeira vista, mas há uma profundidade nela que merece ser explorada.
A cada dia que passa, nos despedimos de uma versão de nós mesmos. Despedimo-nos da juventude, das ilusões, dos amores que não deram certo, dos sonhos que não se realizaram. Cada fracasso, cada perda, cada desilusão é uma pequena morte que enfrentamos. Mas, paradoxalmente, é nesses momentos que encontramos a essência da vida.
Morrer, no sentido filosófico que Schopenhauer sugere, é mais do que o fim biológico. É a transformação constante pela qual passamos. Morremos para o que éramos ontem para nos tornarmos algo novo hoje. É um processo de renovação, de aprendizado e crescimento. Cada experiência dolorosa nos molda, cada cicatriz conta uma história, cada despedida abre espaço para novas possibilidades.
A vida, então, não é apenas um processo de morrer, mas também de renascer. Em cada perda, encontramos a oportunidade de redescobrir a nós mesmos. Em cada desilusão, a chance de redefinir nossos sonhos. Em cada dor, a capacidade de sermos mais fortes e resilientes.
Viver plenamente significa aceitar essa dualidade: a inevitabilidade da morte e a beleza do renascimento. Significa abraçar cada mudança, cada transformação, com coragem e serenidade.
A reflexão de Schopenhauer nos convida a perceber que a vida é um fluxo constante, um rio que nunca para. E nós, como navegantes desse rio, devemos aprender a deixar ir o que precisa partir e acolher o que está por vir. Pois é nesse constante morrer e renascer que encontramos a verdadeira essência da vida.
Então, talvez, a frase de Schopenhauer não seja tão desalentadora quanto parece. Talvez, ao aceitar que a vida é um processo constante de morrer, possamos aprender a viver de forma mais plena, mais consciente, mais verdadeira. Afinal, é no contraste entre a morte e a vida que encontramos a profundidade e a beleza da existência.
Maria de Fátima Gouvêa
01 de junho de 2024
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