Embora isso pareça real; embora muita gente, ao ler essa afirmação, possa se identificar com ela, graças a Deus ela não corresponde à realidade.
As pessoas estão cada vez mais infelizes? NÃO
Estamos vivendo o início de uma nova era, uma fase de transição, tanto para o planeta, como para cada indivíduo.
Muitos já ouviram falar sobre o “véu de maia”. Os hindus, os budistas, e nos últimos tempos, a física quântica, nos ensinam que a realidade que pensamos viver é uma grande ilusão. Até a série de filmes Matrix – de uma maneira bem tecnológica, vem tentando nos ilustrar sobre essa realidade virtual.
O ser humano, cada vez mais distante do seu centro, de sua fonte de luz, tem buscado todas as formas possíveis para ser feliz, mas esquece-se de acionar a única forma realmente possível: o centro, a alma, o coração.
Não é de se admirar, portanto, que a violência parece ter tomado rumos e proporções irreversíveis. E nem é de se duvidar que muita gente esteja perdendo as esperanças, entrando em depressão, provocando doenças em si mesmas etc…
Mas, tomemos um exemplo básico para uma análise otimista: toda transição gera algum tipo de violência, ansiedade, medo – de uma forma ou de outra.
Pensem na simplicidade do nascimento de um ser. São 9 meses de espera, em que as mães podem sentir, desde enjôo, muitas vezes até dor, muita ansiedade e muito medo do próprio momento do parto, do pós-parto, preocupações sobre o futuro da criança etc. Às vezes esses pensamentos são tão fortes que podem até ter como conseqüência, traumas para a mãe e para a criança. E para o espírito que deixa seu lar verdadeiro para se aventurar novamente nas experiências terrestres (para ele, é uma espécie de morte, também), a ansiedade pode mesmo atrapalhar o momento da transição, o de seu nascimento…
Agora, a pergunta: aos olhos banais, existe coisa mais simples, mais bonita do que esse momento, essa pequena “dor”? Não lhes parece óbvio que, depois do rigoroso “inverno”, as flores vão brotar de novo e deslumbrar nossos olhos com sua beleza? Não é normal que a alegria e a dor se alternem para que nós possamos acompanhar os movimentos e ritmos da vida?
Um surfista ou um dançarino podem entender isso melhor do que um filósofo. Para um filósofo, há tristeza nessa descoberta; para o surfista e para o dançarino, só alegria. Estar na crista da onda, ou no fundo do mar – muitas vezes não é uma escolha. Podem fazer parte da realidade “matrix”.
Entretanto, o tempo que vamos ficar no chão, ou no fundo do mar, somos nós, sim, que determinamos. A maneira como queremos emergir e sair, vitoriosos, alcançando a crista da onda novamente, somente cada um pode decidir. Existe uma infinidade de opções para auto-ajuda, desde a literatura científica tradicional, como holística. Nunca nos faltaram mestres para mostrar o caminho. Existem modernas terapias que podem auxiliar quadros depressivos, negatividades cristalizadas, e até mesmo doenças somáticas. Quem tem olhos, pode ver.
Então? As pessoas estão cada vez mais infelizes? Só se quiserem…
Pois, como disse o sábio escritor e astrólogo Oscar Quiroga,
“Caminhante: aquiete seu coração e rume ao norte, pois, de uma maneira ou de outra, querendo ou não, o Teu destino irrefutável é a felicidade!”
E, completando com uma outra frase famosa (acho que de Fernando Sabino):
No final, tudo dá certo! Se ainda não deu certo, é porque não chegou o final! ”
Por: Maria de Fátima Gouvêa
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